Investigação Explosiva: O Elo Entre Mauro Cid e Braga Netto
Mauro Cid, um nome que se tornou central na recente investigação da Polícia Federal, trouxe à tona informações chocantes sobre um suposto plano de assassinato de figuras políticas de destaque no Brasil. Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, forneceu depoimentos detalhados revelando os bastidores de um golpe planejado. Em meio a essa trama, ele destacou a possível participação de Braga Netto, uma figura influente no cenário político-militar, especificamente em relação ao suposto plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
A Estratégia Financeira e os 'Kids Pretos'
No coração desse plano estava uma estratégia financeira engenhosa, que envolvia a utilização de embalagens de vinho para o transporte de dinheiro. Mauro Cid revelou que essa tática era usada para financiar o deslocamento e a manutenção de forças especiais, conhecidos como "kids pretos". O objetivo era cobrir despesas logísticas, incluindo viagens, hospedagens e alimentação dos militares transferidos do Rio de Janeiro para Brasília durante os meses de novembro e dezembro de 2022.
A operação, batizada de "Copa 2022", teria um custo estimado de R$ 100 mil. Segundo Cid, o General Braga Netto desempenhava um papel crucial, orquestrando a logística financeira para assegurar que o plano prosseguisse sem falhas. As revelações trazidas por Mauro Cid intensificam o escrutínio sobre Braga Netto, que também teria sido designado como o chefe de um 'gabinete de gestão de crise' em um eventual governo provisório instaurado após o golpe.
Documentos Secretos e o Golpe Planejado
A gravidade dessas alegações é acentuada pela descoberta de documentos apreendidos pela PF, indicando o aprofundamento dos planos para instaurar um governo alternativo à força. Um dos documentos, datado de 9 de novembro de 2022, apenas alguns dias após a derrota de Bolsonaro nas urnas, incluía um planejamento operacional para o golpe. Foi supostamente impresso por General Mario Fernandes nas instalações do Palácio do Planalto e posteriormente levado ao Palácio da Alvorada.
Dentro da Casa do Governo: As Prontas Providências
Esses documentos planejavam uma série de ações operacionais, além de monitoramento de figuras-chave como Alexandre de Moraes. Em sua versão mais extrema, o plano incluía a possibilidade de assassinato dessas figuras, segundo as investigações. Os detalhes revelados pelo depoimento de Cid, portanto, não apenas reiteram a seriedade da ameaça na época, mas também sublinham a abrangência do apoio necessário para uma intervenção militar efetiva.
Implicações e Respostas
Diante dessas revelações impactantes, a defesa de Braga Netto optou pelo silêncio, não respondendo ainda às solicitações de comentário sobre as acusações. O cenário instável e os desdobramentos disso têm aumentado a tensão política, enquanto o público aguarda ansiosamente por mais esclarecimentos e possíveis ações judiciais. A veracidade dessas alegações e seu impacto contínuo sobre o cenário político brasileiro aguarda confirmação por meio do devido processo legal. No entanto, as revelações já lançaram uma sombra sobre a política nacional, evidenciando a polarização extrema em jogo e os custos potenciais de tais divisões.