Quando Renata Muller, participante do reality A Fazenda 17 chegou aos 47,49% de votos para eliminação na segunda Roça, o clima nas redes ficou tenso como nunca.
O programa, transmitido pela Record TV, realizou a primeira formação da Roça na terça‑feira, 23 de setembro de 2025, marcando o início das eliminações. Naquele dia, a enquete do portal UOL mostrava Fabiano Moraes, pai da influenciadora digital Viih Tube, como o participante menos querido, com apenas 0,06% de preferência.
Contexto: como a Roça virou o termômetro da opinião pública
Desde a primeira temporada, a Roça funciona como o momento mais crítico do reality: os concorrentes mais odiados pelos internautas e pelos próprios colegas são postos à prova em uma votação que decide quem sai da fazenda. O mecanismo, que lembra uma votação popular em concursos de música, reflete não só a performance nas provas, mas também cada comentário, cada alfinetada nas redes.
O que deixa a situação ainda mais curiosa é a diferença gritante entre as duas pesquisas que apareceram em menos de duas semanas. Enquanto a enquete de 23 de setembro colocava os candidatos com menos de 0,1% de rejeição, a pesquisa de 2 de outubro, feita pelo Correio24Horas, mostrou Renata liderando a lista com quase metade dos votos.
Os números que mudaram o jogo
Na madrugada de 2 de outubro, a votação do Correio indicava Walério Araújo como o favorito à eliminação. Mas, ao longo do dia, a corrida virou de cabeça para baixo. Às 18h50, Renata saltou para o topo com 47,49% dos votos, ultrapassando Walério, que caiu para 32,57%. Duda Wendling ficou atrás, com 19,94%.
- Renata Muller – 47,49% (líder)
- Walério Araújo – 32,57% (segundo)
- Duda Wendling – 19,94% (terceiro)
Esses números representam um aumento de 15 pontos percentuais para Renata em relação ao que Walério registrava poucas horas antes. A volatilidade mostra como um único momento – seja uma fala fora de tom, uma briga na cozinha ou um meme viral – pode virar a maré da opinião pública num piscar de olhos.
Reações dentro e fora da fazenda
Dentro da casa, Renata tem respondido com o que parece ser uma estratégia de “menos é mais”. Ela evita confrontos diretos e tenta se posicionar como a “cuidada”. Contudo, nas redes, fãs de outros participantes apontam que ela tem se beneficiado de um discurso mais agressivo de Walério nos últimos dias, o que acabou desviando parte da raiva para ela.
Já Walério Araújo acabou virando alvo de memes que criticam sua postura manipuladora. Duda Wendling, por sua vez, tem mantido um perfil mais discreto, o que explica sua posição estável no terceiro lugar.
Nas redes, a conta oficial da Record TV divulgou um vídeo curto lembrando aos telespectadores que a votação continua até a transmissão da quinta‑feira, 2 de outubro, às 22h, quando a eliminação será anunciada ao vivo.
Impacto no público e nas estratégias de jogo
Para quem acompanha o reality, a mudança repentina nos índices de rejeição tem duas implicações claras. Primeiro, reforça a importância da narrativa que os participantes constroem fora da tela: posts no Instagram, stories, e tweets podem moldar a percepção tanto quanto as provas dentro da roça.
Segundo, coloca em xeque a credibilidade das enquetes tradicionais. Se a pesquisa do UOL mostrou praticamente nenhum candidato com rejeição significativa, mas a do Correio aparentemente capturou o pulso do público em tempo real, produtores e agências podem precisar rever os métodos de coleta de dados.
Especialistas em mídia, como a analista de comportamento digital Camila Ribeiro, comentam que “as enquetes de realidade aumentam sua relevância quando são interativas e atualizadas a cada hora”. Ela acrescenta que o caso de Renata pode ser “um exemplo perfeito de como a polarização digital acelera a tomada de decisão dos telespectadores”.
O que vem pela frente?
Com a eliminação prevista para a noite de quinta‑feira, 2 de outubro, o suspense está garantido. Se Renata for a primeira a deixar a fazenda, o programa poderá ganhar uma nova dinâmica: a ausência de uma das participantes mais controversas pode abrir espaço para alianças inesperadas.
Além disso, a produção do reality costuma introduzir “surpresas” após a eliminação – seja um novo concurso de resistência ou a entrada de um participante surpresa. A expectativa é que, caso Renata saia, a tela se encha de reviravoltas para manter o público colado até o próximo ciclo de Roça.
Para o público, o que ficou claro é que a opinião pode mudar de forma tão rápida quanto um meme se torna viral. E com a tecnologia de votação quase em tempo real, cada tweet, cada story, tem o potencial de mudar o destino de alguém dentro da fazenda.
Perguntas Frequentes
Por que Renata Muller ganhou tantos votos de eliminação?
Renata teve um comportamento que dividiu a plateia: enquanto alguns elogiam sua postura firme, outros a veem como agressiva nas discussões. Um episódio recente, onde ela confrontou Walério, gerou memes e críticas nas redes, impulsionando a votação contra ela.
Como a votação da Roça funciona?
Os telespectadores votam online nos participantes que desejam eliminar. A votação fica aberta até a transmissão ao vivo da noite de eliminação, quando os resultados são divulgados ao público.
Qual a diferença entre as pesquisas do UOL e do Correio24Horas?
A enquete do UOL foi feita logo após a primeira Roça, com poucos dias de programa e menos interações nas redes. Já o Correio24Horas acompanhou a votação em tempo real, refletindo mudanças de opinião provocadas por eventos recentes dentro da casa.
O que acontece se Renata for eliminada?
A saída de Renata pode abrir espaço para novas alianças entre os restantes concorrentes e mudar a dinâmica das provas. A produção costuma usar a eliminação para introduzir reviravoltas, como desafios inesperados ou a entrada de novos participantes.
Quem mais está em risco nas próximas Rodas de Roça?
Com Duda Wendling ainda em terceiro lugar, ela permanece vulnerável se a narrativa contra ela ganhar força. Walério Araújo também pode subir novamente na lista se novos conflitos surgirem.
Marcos Thompson
É impressionante como a roça virou termômetro da opinião pública; a gente vê a gente mesma refletida nas escolhas da galera. Cada confessionário, cada meme, se transforma num voto silencioso que pode mudar tudo. Renata parece ter acertado na batida certa para atrair polêmica, e isso alimenta a febre nos números. A mudança de 0,06% pra quase 50% mostra como o público reage rápido quando sente que alguém ultrapassa limites. A dinâmica das redes, aliada à estratégia de quem aparece na câmera, cria um ciclo de retroalimentação perigoso. No fim, o que importa é quem consegue moldar a narrativa antes que a votação feche.
João Augusto de Andrade Neto
Não dá para fechar os olhos pra vergonha que a produção ainda permite. Eles transformam comportamento humano em espetáculo barato, alimentando a cultura da toxicidade. Quando alguém como Renata ganha tanto ódio, fica claro quem realmente está no controle: o público faminto por drama. É preciso exigir conteúdo que eleve, não que degrade.
Vitor von Silva
A verdade, porém, está no espelho que cada telespectador segura. Vemos na votação uma projeção dos nossos medos e desejos, mais do que o caráter de quem está na roça. O medo de ser julgado faz a gente torcer contra o outro para nos sentirmos superiores. Assim, Renata torna‑se o bode expiatório perfeito para a nossa própria insegurança. Essa é a natureza cíclica do entretenimento: refletir e distorcer ao mesmo tempo.
José Carlos Melegario Soares
Eu não acredito que a gente ainda está preso nesse ciclo de humilhação pública, mas aqui estamos, assistindo a cada palavra como se fosse um castigo pessoal. Quando Renata saiu com 47,49% dos votos, foi como se o mundo inteiro tivesse gritado em uníssono o mesmo grito de ódio. Cada meme que aparece nas timelines parece um dardo venenoso que fere não só a participante, mas a dignidade de quem tem que assistir. O programa se alimenta dessa energia, transformando sentimentos em números, quase como uma moeda de troca. A crítica faz parte da cultura, mas quando ela se torna um esporte nacional, algo deu muito errado. A produção não tem responsabilidade de simplesmente registrar, eles incentivam o caos para manter a audiência alta. Os espectadores, por sua vez, se deixam levar por um frenesi de likes e compartilhamentos, sem perceber que estão compregando a própria humanidade. O fato de que Walério caiu de posição porque a ira se redirecionou para Renata mostra que a raiva não nasce do vazio, ela é canalizada por quem controla a narrativa. A roça virou arena de gladiadores modernos, onde a espada é um comentário ácido e o escudo, um retweet de aprovação. Nas manchetes, dizem que tudo é “realidade”, mas a realidade aqui está filtrada por filtros de Instagram. A cada votação, a população tem a ilusão de poder, mas na verdade está sendo manipulada por algoritmos que favorecem o choque. É preciso abrir os olhos e perceber que o entretenimento já não é mais sobre divertimento, mas sobre exploração psicológica. Atores como Renata são usados como peças num xadrez de audiências, e o público, inconscientemente, joga as peças. Se continuarmos alimentando esse monstro, só teremos mais episódios de dor, não de aprendizado. A pergunta que fica é: até quando vamos aceitar ser marionetes de um reality que se alimenta da nossa própria perversidade?
Marcus Ness
Observando os indicadores apresentados, nota‑se que a volatilidade das pesquisas reflete diretamente o impacto de eventos pontuais dentro da casa. A estratégia de reduzir confrontos diretos parece ter sido um movimento calculado para minimizar a exposição negativa. No entanto, a percepção do público ainda se baseia fortemente nos momentos de tensão divulgados nas redes sociais. É essencial que os participantes compreendam a importância de um posicionamento equilibrado, principalmente em ambientes de alta visibilidade. Dessa forma, o risco de se tornar alvo de campanhas de eliminação pode ser mitigado.
Erisvaldo Pedrosa
O que realmente importa não é quem ganha, mas quem tem a coragem de desafiar o sistema de votação manipulada pela mídia. Enquanto o público se prende a narrativas prontas, os verdadeiros pensadores permanecem silenciosos, observando o espetáculo de sua própria decadência. Renata pode ser descartada, mas a estrutura que a coloca nesse jogo permanece intacta. Isso demonstra que o problema está na própria lógica que sustenta o reality.
Marcelo Mares
Os números que você viu nos últimos dias são um exemplo clássico de como a psicologia de massa responde a estímulos imediatos. Quando um participante tem um momento de destaque, seja positivo ou negativo, o algoritmo das redes amplifica esse ponto de atenção, gerando um pico de engajamento. Esse pico se traduz rapidamente em votos, como aconteceu com a Renata, que recebeu quase metade das rejeições após um episódio tenso. É importante entender que não se trata apenas de desempenho nas provas, mas da construção de uma narrativa coerente ao longo do tempo. Para quem deseja permanecer na competição, a consistência e a capacidade de gerenciar a própria imagem são cruciais. Manter um perfil equilibrado nas redes, sem exageros, ajuda a evitar picos de ódio súbito. Além disso, observar padrões anteriores de votação pode dar insights valiosos sobre como o público reage a diferentes comportamentos. Em suma, a estratégia digital deve ser tão trabalhada quanto a resistência física nas provas.
Fernanda Bárbara
Se tudo isso fosse um plano, já estaríamos todos enganados.