O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, encontra-se no centro de um escândalo que agitou o cenário esportivo brasileiro. Ele foi formalmente indiciado pela Polícia Federal em 14 de abril de 2025, sob a acusação de manipular um cartão amarelo para favorecer apostadores durante uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023 contra o Santos.
A investigação, fundamentada no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que prevê pena de 2 a 6 anos de prisão por fraude em competições esportivas, e no artigo 171 do Código Penal, que trata de apropriação indébita com pena de 1 a 5 anos, trouxe à tona detalhes impactantes.
Evidências da Investigação
Análises de mais de 3.989 conversas no WhatsApp revelaram mensagens entre Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes, onde discutiam a intenção de forçar o terceiro cartão amarelo durante a partida. Esse ato desencadearia sua suspensão automática, permitindo que membros da família lucrassem com apostas realizadas com antecedência.
Além de Bruno Henrique, outras nove pessoas foram indiciadas, incluindo seu irmão Wander, sua cunhada Ludymilla Araújo Lima, sua prima Poliana Ester Nunes Cardoso, e seis amigos, todos envolvidos nas atividades de apostas suspeitas.

Desdobramentos Legais e Reações
O relatório da Polícia Federal já foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que decidirá sobre o oferecimento de denúncia formal. Caso isso ocorra, Bruno Henrique seria julgado em primeira instância, com possibilidade de recursos em tribunais superiores.
Até o momento, o Flamengo não emitiu um pronunciamento oficial, citando a presunção de inocência e respeitando o andamento das investigações. A origem do caso remonta a padrões de apostas incomuns relatados por casas de apostas e pela Associação Internacional de Integridade em Apostas (IBIA) após o jogo, no qual o Santos saiu vitorioso por 2 a 1.
Esse caso lança novas perguntas sobre a integridade do futebol brasileiro e o impacto das apostas esportivas neste esporte tão apaixonante.