Com dois lances livres de Jerami Grant faltando apenas 1,4 segundo, os Portland Trail Blazers derrotaram os Denver Nuggets por 109-107 em um jogo que deixou a torcida em pé no Moda Center, em Portland, no sábado, 1º de novembro de 2025. O lance decisivo veio após uma falta de Aaron Gordon, que tocou no braço de Grant durante uma tentativa de cesta — um erro caro que transformou o jogo de ponta-cabeça. Faltava apenas um minuto para o fim quando os Nuggets tinham vantagem de cinco pontos. Faltavam 27 segundos e o placar estava 107-107. E então, Grant, calmo como um homem que já viu isso antes, converteu os dois lances. Nada mais. Nenhum tempo. Nenhuma chance para Denver.

Um jogo de altos e baixos, com o Joker quase sozinho

O Nikola Jokic, o centro sérvio de 30 anos e tricampeão MVP, fez 21 pontos, 14 rebotes e 9 assistências — quase um triplo-duplo perfeito. Mas quando o jogo estava nas últimas mãos, ele tentou um jumper de meia distância, com o relógio esgotando e os Nuggets sem tempos técnicos. A bola bateu no aro… e saiu. Não foi falta. Não foi má sorte. Foi o peso de esperar que um único jogador resolva tudo. Jokic é genial, mas o basquete é coletivo. E os Trail Blazers mostraram isso.

Do outro lado, Deni Avdija, o ala israelense de 24 anos, foi essencial. Fez 14 pontos no primeiro tempo, e no final, quando o time precisava de um impulso, ele fez uma cesta de três pontos e foi faltado — o que resultou no ponto que empatou o jogo. Kris Murray, o reserva americano de 25 anos, surpreendeu com 10 pontos, seis rebotes e três roubos. Sua defesa foi crucial no quarto quarto, especialmente contra Jamal Murray, que liderou os Nuggets com 22 pontos, mas foi silenciado nos momentos decisivos.

Como o jogo virou — e por que Denver perdeu

Os Nuggets entraram no quarto quarto com uma vantagem de 10 pontos (81-71). Parecia que a experiência de Jokic e a ofensiva de Murray iriam levar a vitória. Mas algo mudou. Os Trail Blazers começaram a pressionar na defesa. Donovan Clingan, o jovem centro de 21 anos, pegou 15 rebotes — muitos em situações críticas. Enquanto isso, Anfernee Simons acertou um triple com 3:29 para o fim, dando a primeira vantagem de Portland desde o início do terceiro quarto.

Os Nuggets, que tinham 48,1% de aproveitamento nos arremessos, falharam nos três pontos: apenas 6 de 25 (24%). Enquanto isso, Portland, com 41,8% de aproveitamento geral, acertou 11 de 39 (28,2%) — números que parecem ruins, mas que foram suficientes porque vieram nos momentos certos. O jogo foi um exemplo de que, às vezes, qualidade importa mais do que quantidade.

Consequências na tabela: Portland sobe, Denver desaba

Consequências na tabela: Portland sobe, Denver desaba

Com a vitória, os Portland Trail Blazers subiram para 4-2 na temporada, a segunda melhor marca da Conferência Oeste, atrás apenas dos Oklahoma City Thunder (6-0). Eles estão em uma sequência de três vitórias — e essa foi a mais significativa. Já os Nuggets caíram para 3-2. A derrota foi a primeira após duas vitórias consecutivas, e agora eles voltam para o Ball Arena, em Denver, com uma sequência de quatro jogos em casa — uma chance de se recompor, mas também uma pressão enorme.

“É o tipo de vitória que constrói identidade”, disse o técnico de Portland após o jogo. “Nós não tínhamos que ser perfeitos. Tínhamos que ser corajosos.” E foi exatamente isso que fizeram.

Quem está em jogo além do placar

O jogo também colocou em foco o futuro de Jokic. A revista Sports Illustrated comentou que “a campanha para o quarto MVP está em andamento”, mas admitiu que “o nível ofensivo ainda não engrenou”. Ele está jogando bem, mas não dominando como nos anos anteriores. Será que a pressão de ser o centro de tudo está pesando? Ou será que a liga está evoluindo, e os times estão aprendendo a parar um único astro?

Para Portland, a vitória é mais do que um ponto na tabela. É um sinal de que, mesmo sem estrelas globais como Lillard ou Embiid, eles podem competir no topo. Avdija, Grant, Clingan e Murray — todos jovens, todos em ascensão. Eles não precisam de um herói. Precisam de confiança. E agora, têm.

O que vem a seguir

O que vem a seguir

Os Trail Blazers enfrentam o Minnesota Timberwolves na próxima quarta-feira, em casa. Já os Nuggets voltam ao Ball Arena para enfrentar o Utah Jazz — um jogo que pode definir se eles estão prontos para a corrida pelos playoffs ou se estão perdendo o ritmo. Ainda há muito tempo pela frente, mas essa derrota em casa, contra um time que não era favorito, pode ser um ponto de virada.

Frequently Asked Questions

Como a vitória dos Trail Blazers afeta sua posição nos playoffs?

A vitória colocou os Portland Trail Blazers em segundo lugar na Conferência Oeste, com 4-2, atrás apenas dos Oklahoma City Thunder (6-0). Com uma sequência de três vitórias, eles estão em boa posição para garantir casa nos playoffs. Se mantiverem esse ritmo, podem até desafiar o topo da conferência — especialmente se Avdija e Grant continuarem a crescer.

Por que a falta de Aaron Gordon foi tão decisiva?

A falta foi chamada porque Gordon tocou no braço de Jerami Grant durante um movimento de cesta, e a regra do basquete considera isso uma falta de contato em ação de arremesso. Com o jogo empatado e 27,7 segundos restantes, o lance livre de Grant foi o que deu a vitória. Sem essa falta, Denver teria tido a posse de bola com 10 segundos e chance de vencer com um triple.

Nikola Jokic ainda é favorito ao MVP mesmo com essa derrota?

Sim, mas com ressalvas. Jokic ainda é o centro mais completo da liga, com médias impressionantes de pontos, rebotes e assistências. Porém, sua eficiência ofensiva caiu ligeiramente este ano, e os Nuggets estão dependendo demais dele. Se ele não conseguir apoio consistente, o MVP pode ficar com alguém mais equilibrado, como Shai Gilgeous-Alexander, do Thunder.

Qual foi o papel de Donovan Clingan no jogo?

Clingan, de apenas 21 anos, foi o segredo defensivo de Portland. Com 15 rebotes — 7 ofensivos — ele deu ao time mais chances de cesta, especialmente nos momentos finais. Além disso, bloqueou dois arremessos importantes e segurou Jokic no poste. É o tipo de jogador que não aparece nas estatísticas de pontos, mas que muda jogos.

Por que os Nuggets falharam nos três pontos?

Os Nuggets tinham ótimas oportunidades, mas erraram 19 de 25 arremessos de três pontos. Isso aconteceu porque Portland pressionou muito na defesa, forçando passes apressados. Além disso, Jamal Murray e Tim Hardaway Jr., seus principais arremessadores, estavam cansados no final — e isso fez toda a diferença. Um time que não acerta de longe, mesmo com 48% de aproveitamento geral, tem dificuldade de vencer jogos apertados.

O que essa vitória significa para a franquia de Portland?

Significa que a nova geração está pronta. Sem Lillard, sem Anfernee Simons por longos períodos, sem estrelas globais, os Trail Blazers estão construindo um time baseado em defesa, rebote e coragem. Essa vitória contra um time com Jokic é um sinal claro: eles não estão mais em reconstrução. Estão em competição.

Sobre Aline Rabelo

Sou jornalista especializada em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Trabalho em um jornal renomado, onde busco sempre trazer uma perspectiva única e detalhada dos fatos. Acredito no poder da informação para transformar a sociedade.

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1 Comentários

Willian Paixão

Willian Paixão

Essa vitória foi pura emoção. Grant foi frio como gelo no lance final, e o time inteiro se levantou quando precisava. Não é só talento, é coragem mesmo.
Parabéns, Blazers. Vocês estão construindo algo bonito aqui.

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