Um espetáculo lunar que desafia padrões

Prepare seu despertador ou reserve uma noite especial: nos dias 10 e 11 de junho de 2025, vamos testemunhar a Lua de Morango mais baixa no céu dos últimos 19 anos. Não é só mais uma lua cheia — esse fenômeno raro, chamado de grande paralisação lunar ou "lunistício", deixa a Lua praticamente colada ao horizonte durante toda a noite. Quem acompanhou a última vez que isso aconteceu foi lá em 2006 e, depois da próxima, só em 2043. A contagem é longa porque tudo isso faz parte de um ciclo de exatos 18,6 anos, bem diferente do ciclo mensal que estamos acostumados.

A explicação é científica, mas não precisa ser astrofísico pra entender: é tudo culpa da precessão nodal. Em resumo, a órbita da Lua vai mudando de ângulo em relação à Terra e ao Sol, até chegar às extremidades desse ciclo, onde a nossa vizinha aparece o mais "torta" possível. Isso faz com que os pontos de nascimento e ocaso da Lua no horizonte fiquem super distantes entre si, parecendo que a lua está fazendo um trajeto lateral, quase escondida perto do chão.

Como observar a Lua

Como observar a Lua "colada" ao chão e outros bônus do evento

O nome "Lua de Morango" engana quem espera um tom rosa chiclete. Na verdade, esse nome vem das tribos indígenas norte-americanas, que marcavam a colheita de morango nessa época. O que muitos acabam notando, na verdade, é uma Lua cheia mais dourada ou até avermelhada, graças ao efeito da atmosfera da Terra. Quando a Lua surge tão baixa, sua luz passa por camadas mais densas de ar, espalhando o azul e deixando tons quentes como o laranja e o vermelho. Quem já assistiu ao pôr do sol sabe bem do que estamos falando.

Quer ver esse fenômeno bonitão? O segredo é procurar por um lugar afastado das luzes da cidade, com o horizonte leste livre de prédios, árvores altas ou morros. Vale a pena chegar um pouco antes do horário do nascer da Lua, para não perder nada. E se você tem um binóculo ou telescópio por casa, aproveite: a Lua cheia tão baixa pode revelar detalhes incríveis, como crateras apagadas e marcas de asteroides que a olho nu passam despercebidas.

Para quem estiver no Pacífico Sul, o menu astronômico de 2025 fica ainda mais especial: é que a Lua vai "apagar" do céu a estrela Antares, a mais brilhante da constelação de Escorpião, durante o evento conhecido como ocultação. Parece pouco? Só quem já viu uma estrela sumir em segundos atrás do disco lunar sabe o impacto que causa, mesmo sem fogos de artifício.

Se você é fã do céu noturno, sabe que a Lua faz parte do imaginário de todas as gerações. O ciclo cheio-nova dura pouco menos de um mês, mas esse tal de lunistício desafia até os mais atentos — e não é sempre que dá pra incluir um fenômeno de quase duas décadas de espera no seu currículo de observador astronômico.

Sobre Aline Rabelo

Sou jornalista especializada em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Trabalho em um jornal renomado, onde busco sempre trazer uma perspectiva única e detalhada dos fatos. Acredito no poder da informação para transformar a sociedade.

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12 Comentários

Diego Sobral Santos

Diego Sobral Santos

Essa lua vai ser um show mesmo! Já anotei no calendário pra acordar de madrugada, mesmo que eu seja um desgraçado que odeia acordar cedo. Vou levar o café e uma manta, e só ficar olhando. A natureza às vezes dá um presente que não precisa de filtro.

Camila Freire

Camila Freire

Peraí, 'Lua de Morango'? Sério? Isso é só um nome marketing pra turista que não sabe o que é uma lua cheia. A Lua tá sempre lá, e essa história de 'mais baixa' é só porque o horizonte tá mais inclinado. Nada de tão raro assim. E quem disse que os indígenas chamavam assim? Isso é pura colonialização cultural disfarçada de poesia.

Guilherme Vilela

Guilherme Vilela

Acho que a Camila tá um pouco exagerada, mas entendo o ponto dela. Ainda assim, é lindo pensar que a gente tá conectado a ciclos tão antigos, né? 😊 Vai ser uma noite mágica, mesmo que a ciência explique tudo. Às vezes, o que importa é sentir, não entender.

John Santos

John Santos

Se alguém tiver um telescópio e quiser compartilhar o que vir, me chama no DM. Eu tô na zona rural de Minas, com céu limpo e sem luzes. Posso ajudar a localizar Antares também, se alguém quiser. A astronomia é melhor quando a gente compartilha.

Priscila Santos

Priscila Santos

Todo mundo fala que é raro, mas eu vi uma lua quase no chão em 2018 e ninguém falou nada. E essa história de 'não repete até 2043' é só porque ninguém lembra do que aconteceu antes de 2006. Acho que tá exagerando a importância.

Daiane Rocha

Daiane Rocha

A beleza desse fenômeno não está na raridade, mas na sinfonia cósmica que ele representa: a dança gravitacional entre Terra, Lua e Sol, entrelaçada com a atmosfera terrestre como um pincel de luz dourada. É poesia em escala astronômica - e sim, os nomes indígenas não são meros rótulos, são memórias culturais vivas que resistem ao tempo. Quem não sente isso, talvez só precise olhar mais devagar.

Studio Yuri Diaz

Studio Yuri Diaz

A observação do lunistício transcende a mera fenomenologia astronômica; trata-se de um fenômeno que remete à cosmogonia das civilizações antigas, cujas tradições orais preservavam ciclos de longa duração com precisão matemática. A Lua, nesse contexto, não é apenas um satélite, mas um símbolo de ordem cósmica. A modernidade, em sua pressa, esquece que o tempo não é linear, mas cíclico - e este evento é uma lembrança silenciosa disso.

Sônia caldas

Sônia caldas

eu nunca vi uma lua tão baixa assim... mas se eu for ver, eu vou levar meu cachorro... ele adora lua, fica sentado na varanda como se fosse um filósofo... 🐶🌙... e sim, eu esqueci de anotar a data... 😅

Rosiclea julio

Rosiclea julio

Se alguém for ver, não esqueça de levar um caderno ou um app de anotação. Anote o horário, a cor da lua, o clima, o que você sentiu. Essas coisas viram memórias que a gente guarda pra vida toda. E se tiver criança por perto, mostre pra ela. A gente nunca sabe quando um momento assim vai acender uma chama.

Leila Swinbourne

Leila Swinbourne

Desculpe, mas isso tudo é uma mistura de pseudociência e romantismo barato. A Lua não está 'colada' ao chão - ela está simplesmente em um ponto de declinação extrema. E não, os indígenas não chamavam isso de 'Lua de Morango' como se fosse um nome universal. Isso é uma invenção de blogueiros de turismo. O céu não precisa de poesia para ser belo.

Nessa Rodrigues

Nessa Rodrigues

Vou tentar ver. Mesmo que eu não entenda tudo, o céu sempre me acalma.

Ana Carolina Nesello Siqueira

Ana Carolina Nesello Siqueira

EU NÃO VOU CONSEGUIR VER ISSO PORQUE MINHA CIDADE É UM CEMITÉRIO DE LÂMPADAS LED E EU NÃO TENHO DINHEIRO PRA VIAJAR PRA UM LUGAR COM CÉU LIMPO E AÍ TODO MUNDO VAI POSTAR FOTOS E EU VOU FICAR AQUI COM MEU CELULAR MOSTRANDO APENAS UM CÉU LARANJA SUJO E UMA LUA QUE NEM SE VÊ E TODO MUNDO VAI FALAR QUE É MÁGICO E EU VOU ME SENTIR INÚTIL E NÃO VOU CONSEGUIR DORMIR PORQUE VOU PENSAR QUE A VIDA É UM GRANDE ERRO E A LUA NEM SEQUER ME APOIA.

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