Brasil atropela Uruguai e confirma favoritismo na Copa América Feminina
Nenhum torcedor brasileiro teve motivos para reclamar nessa semifinal. O Brasil não deu chance para o Uruguai e venceu por 5 a 1, mostrando por que é considerado uma potência do futebol feminino no continente. O duelo, realizado em Quito, deixou a Seleção mais perto de mais um título e já com passaporte carimbado para as Olimpíadas de 2028, em Los Angeles.
Quem acompanhou pela TV viu uma atuação sólida e madura do time comandado por Arthur Elias. Logo aos 11 minutos, Amanda Gutierres já colocou o Brasil na frente, e não demorou para Gio balançar a rede dois minutos depois. Marta, nome histórico da modalidade, ampliou o placar, enquanto Dudinha fechou a conta—e o caixão—nos minutos finais. O gol de honra do Uruguai, para tristeza de Isa Haas, saiu de um infeliz lance contra.

Destaques, escalações e os bastidores da partida decisiva
Arthur Elias armou a equipe com Cláudia no gol, sustentada por uma linha defensiva forte formada por Fátima Dutra, Isa Haas, Tarciane e Antônia. No meio, Duda Sampaio, Angelina e Luany deram ritmo, enquanto Marta, Gio e Amanda Gutierres fizeram a pressão lá na frente. As trocas durante o segundo tempo mostraram o banco de qualidade: Kaká, Mariza, Yaya, Kerolin e Dudinha entraram e mantiveram o ritmo.
No lado uruguaio, o técnico Ariel Longo tentou alternativas com substituições, mas não achou brechas na marcação brasileira. O Uruguai jogou com Agustina Sánchez no gol, protegida por Ángela Gómez, Daiana Farías, Yannel Correa, Juliana Vieira e Alaides Paz. O meio-campo contou com Ximena Velazco e Stephanie Lacoste, atrás do trio de frente: Wendy Carballo, Belén Aquino e Esperanza Pizarro. Nem mesmo as mudanças, com Fitipaldi, Barone e Pilar González, surtiram efeito para virar a maré no Casa Blanca.
O jogo esquentou nas divididas e cartões começaram a aparecer. Isa Haas e Kaká, do Brasil, e Daiana Farías e Wendy Carballo, do Uruguai, foram advertidas. O clima pesou ainda mais para as uruguaias quando Dornelles recebeu vermelho, desfalcando de vez a equipe.
Se alguém achava que o Brasil vacilaria sem Marta nos jogos decisivos, esse tabu caiu por terra. Amanda Gutierres brilhou com dois gols cruciais, mostrando porque é uma das grandes apostas do país. A Copa América Feminina virou palco de maturidade e entrosamento das brasileiras, que já sonham em repetir o domínio também nas Olimpíadas.
Com mais uma final garantida—será a nona em busca do título continental—, a Seleção agora só pensa na Colômbia, adversária do próximo dia 2. Mas não é só isso: chegar à Olimpíada, depois do trauma de ficar de fora em 2024, mexe com o ânimo das jogadoras e de quem torce pelo futebol feminino no país.
No fim da partida, Arthur Elias fez questão de destacar, em coletiva, o preparo do grupo e o respaldo que a classificação representa para toda uma geração: “Esse é um marco para o futebol feminino brasileiro. Mostramos força tática e física, merecemos esse momento”. Agora, é concentração total para buscar mais uma taça.