A força dos clubes brasileiros na Libertadores e além

Quando se fala em futebol sul-americano, não dá para ignorar o peso dos clubes brasileiros. A Libertadores virou palco de confrontos entre esses gigantes, rendendo histórias de títulos épicos e reviravoltas que mudaram o destino de muitos times.

Flamengo, por exemplo, passou anos como favorito nas casas de apostas e nos comentários dos torcedores por todo o país. O time da Gávea levantou a taça da Libertadores pela terceira vez em 2022 e mostrou sua força batendo o Athletico Paranaense na grande decisão. O Maracanã explodiu de alegria, com flamenguistas celebrando mais uma conquista que reforçou a aura do clube. Mesmo com uma torcida sempre entusiasmada — que disputa com a do Corinthians o posto de maior do Brasil —, a equipe oscilou entre campanhas brilhantes e temporadas decepcionantes. Mas toda vez que chega à fase mata-mata, a expectativa de mais um título se renova.

Essa influência dos clubes do Brasil aparece também nos placares: na edição de 2023-2024, já pintavam previsões de brasileiros dominando a reta final. Em 2024, pelo menos três equipes brasileiras estavam garantidas nas quartas de final. Flamengo e Palmeiras, especialmente, eram vistos como os grandes favoritos — não só pela força dos elencos, mas pela tradição recente de chegar longe nesse torneio.

Novos campeões, surpresas e o caminho até o Mundial

O Fluminense escreveu seu capítulo mais emocionante em 2023. Depois de anos de cobranças e um passado tímido em títulos nacionais e internacionais, o clube carioca superou o peso da camisa e venceu a primeira Libertadores de sua história. O Maracanã foi palco mais uma vez, agora de uma virada suada com gols de Germán Cano e John Kennedy. Ganhar o principal título do continente colocou o clube no noticiário global, mas também trouxe um novo desafio: manter o alto nível. No campeonato brasileiro seguinte, o rendimento despencou — apenas três vitórias em dez jogos. Os torcedores não perdoaram, mas o brilho continental garantiu que a conquista não fosse esquecida tão cedo.

Palmeiras, por outro lado, se tornou naquele mesmo período um verdadeiro especialista em competições Sul-Americanas. O time paulista quase sempre aparece entre os semifinalistas e até virou sinônimo de regularidade e estrutura. Isso acabou dando incentivo a outros clubes menos tradicionais experimentarem voos mais altos.

Já quem não lembra do São Caetano? Apesar de não ostentar o glamour dos rivais mais ricos, o pequeno clube paulista enfrentou gigantes em 2002 e ficou com o vice-campeonato, só parando nos pênaltis contra o Olimpia do Paraguai. Mais perto dos dias atuais, o Fortaleza animou torcedores e fez história chegando na final da Copa Sul-Americana em 2023. Perdeu a decisão nos pênaltis, mas mostrou que mesmo fora do chamado "G12" é possível sonhar grande.

A valorização desses resultados passa obrigatoriamente pela janela do Mundial de Clubes, cada vez mais reformulado pela FIFA. Quem faz bonito na Libertadores já sabe que pode cruzar os melhores times da Europa e da Ásia em um torneio global que movimenta milhões, novas torcidas e conceitos de futebol. Para o Brasileirão, isso só aumenta a pressão: manter o rendimento na elite nacional virou pré-requisito para tentar outra vaga continental e, por tabela, sonhar com o palco mundial.

Mesmo quando outros países buscam seu espaço — como os peruanos Universitario e Alianza Lima, que colecionam dezenas de participações —, nenhum lugar reúne tantos candidatos ao título quanto o Brasil. Em 2025, vários clubes brasileiros já garantiram presença no torneio mais importante da América do Sul, de olho no que essa competição pode trazer em exposição, premiação e fama além-mar.

Sou jornalista especializada em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Trabalho em um jornal renomado, onde busco sempre trazer uma perspectiva única e detalhada dos fatos. Acredito no poder da informação para transformar a sociedade.

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