Uma celebração que mistura saudade, tecnologia e polêmica
Quando a TV Globo decidiu comemorar 60 anos de história, a emissora não ficou só na memória: trouxe passado, presente e futuro para o centro das atenções. Quem ligou a televisão no dia 26 de abril de 2025 pôde reviver novelas que marcaram gerações, rever programas de auditório e conferir um documentário que fez muita gente ficar emocionada — tudo em homenagem à trajetória do canal, que faz parte do cotidiano brasileiro há tanto tempo.
Um dos pontos altos foi o tributo à jornalista Glória Maria, uma das maiores referências do jornalismo televisivo no Brasil. No documentário especial, suas filhas Maria Matta e Laura abriram o coração, lembrando os momentos intensos da mãe frente às câmeras e também fora delas. Foram 52 anos dedicados ao canal, quebrando barreiras, inovando e conquistando respeito não só entre colegas, mas em milhões de lares pelo país.
E não foi só na telinha que a Globo deu show. O gala em Copacabana, na noite de 28 de abril, virou o assunto de quem ama moda e adora acompanhar os looks das celebridades. Teve Vitória Strada aparecendo numa transparência dourada e sofisticada, Grazi Massafera chamando atenção com um vestido vermelho clássico e Fátima Bernardes apostando no brilho prateado combinado a um par de brincos verdes. Cada presença lembrava uma era diferente da televisão, mostrando como o estilo mudou junto com a programação ao longo dessas seis décadas.
Mas, como toda comemoração que se preze, não deu pra fugir do debate. Parte do público – e até colaboradores da própria emissora – usou as redes sociais para criticar a ausência de algumas personalidades históricas nas homenagens. Ficou o pedido por mais reconhecimento a quem construiu, nos bastidores e diante das câmeras, o sucesso da Globo. O papo sobre inclusividade ficou mais forte, mostrando que até as marcas mais sólidas precisam rever quem está tendo seu lugar de fala garantido nos grandes palcos.

TV 3.0, interatividade e retornos marcantes
Se tem algo que a Globo faz questão de mostrar, é que estava com um olho no retrovisor e outro na estrada à frente. Durante a festa, a emissora mostrou na prática o que é TV 3.0. Agora, ficou fácil abrir um chat ao vivo com toda família enquanto o programa passa, escolher em tempo real o narrador preferido em partidas de futebol e até pesquisar notícias pela tela só com o controle remoto.
A identidade visual também ganhou uma repaginada histórica: IDs clássicos da emissora apareceram durante os intervalos, evocando nostalgia, mas sem perder o ritmo atual. Durante a transmissão do jogo Corinthians x Flamengo, até o placar voltou ao estilo retrô, dando um ar nostálgico para quem lembra dos domingos de futebol das antigas.
No início do sábado, quem acordou cedo encontrou Ana Maria Braga e o time do Bom Dia Sábado mostrando bastidores nunca vistos e recuperando os melhores momentos da emissora. Para completar, teve o clássico bolo de aniversário apresentado no Jornal da Globo — uma tradição que reacende a memória coletiva de tantas comemorações nas casas do Brasil.
Entre altos e baixos, a celebração de 60 anos da Globo foi um convite para olhar pra trás, mas sem ignorar os próximos passos. O canal apostou no passado e no futuro lado a lado, conectando tecnologia, tradição e debates atuais para construir mais histórias junto com quem acompanha a emissora há gerações.