Samba: tudo que você sempre quis saber sobre o ritmo mais vibrante do Brasil
Se você já ouviu aquele batucar contagiante nas festas de rua ou no Carnaval, já sentiu a energia do samba. Mas o que realmente faz esse ritmo ser tão especial? Vamos descomplicar a história, os estilos e dar dicas práticas pra quem quer mergulhar de cabeça no mundo do samba.
De onde vem o samba?
O samba nasceu nas comunidades afro‑brasileiras do Rio de Janeiro, por volta do final do século XIX. Misturou batidas africanas, influências da música portuguesa e o jeito improvisado dos batuques de rua. O primeiro samba gravado, "Pelo Telefone", saiu em 1917 e acabou virando a cara da música popular.
Hoje, o samba não é só Carnaval. Ele está nos bares, nas rádios, nos sambas‑enredo que contam histórias de um bairro ou de um personagem famoso. Cada região do Brasil tem seu jeito: no Nordeste o ritmo vira partim de forró, no Sul aparece o samba‑canto, e assim por diante.
Tipos de samba que você precisa conhecer
Samba de roda: o mais tradicional, acontece em círculo, com violões, pandeiros e muita improvisação. É a base para tudo que vem depois.
Samba‑enredo: criado para o desfile das escolas de samba. Cada escola escolhe um tema e escreve uma música que vai contar essa história ao longo do desfile.
Samba‑pagode: surgiu nos anos 80, com guitarras elétricas e letras mais leves. É o que se toca nos pagodes de domingo, bem próximo ao coração da galera.
Samba‑rock: mistura o swing do rock com a batida do samba. Se curte um som mais dançante, esse estilo é pra você.
Além desses, há ainda subgêneros como o samba‑de‑bamba, samba‑de‑bateria e até o samba‑funk, que aparece nas festas das periferias.
Quer começar a ouvir? Crie uma playlist com nomes como Cartola, Noel Rosa, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e Mangue Beat. Cada um mostra uma faceta diferente do samba e ajuda a sentir a riqueza do ritmo.
Se a ideia é praticar, basta pegar um pandeiro ou um tamborim. Existem tutoriais no YouTube que ensinam a batida básica em menos de 10 minutos. Depois, pratique com músicas que você já conhece – a repetição ajuda a internalizar o groove.
Fique de olho nas novidades: a cada ano surgem novos sambas‑enredo que trazem temáticas atuais, como questões ambientais, histórias de comunidade e até homenagens a personalidades da cultura pop. O importante é perceber que o samba está vivo, evolui e ainda tem muito espaço pra novas vozes.
Então, da próxima vez que alguém falar que o samba é só Carnaval, mostre que ele vai muito além – é uma expressão cultural, social e até política. E se quiser sentir a energia ao vivo, procure uma roda de samba no seu bairro ou um bloco de rua nos feriados. O convite está aberto: entre no ritmo, deixe o pandeiro guiar seus passos e descubra porque o samba continua sendo o coração pulsante do Brasil.
                                                
                             
                        
                                                
                                                        
                                                        
                            
                            O 'Altas Horas' de sábado, dia 29, é uma edição histórica que celebra o aniversário de Serginho Groisman e homenageia Zeca Pagodinho. Gravado no Bar do Zeca Pagodinho, na Neo Química Arena em São Paulo, o programa traz apresentações musicais e depoimentos emocionantes de convidados como Péricles e Maria Rita. Zeca Pagodinho ainda relembra momentos marcantes de sua carreira e presta solidariedade ao Rio Grande do Sul.