Assédio Sexual: tudo o que você precisa saber

Já aconteceu de alguém fazer um comentário inapropriado no trabalho ou na rua e você ficou desconfortável? Isso pode ser assédio sexual, e entender o que realmente acontece ajuda a agir rápido. O objetivo aqui é deixar claro o que conta como assédio, mostrar como se proteger e explicar o passo a passo para denunciar.

O que é assédio sexual?

Assédio sexual inclui palavras, gestos ou comportamentos que criam um ambiente hostil ou que exigem favores sexuais em troca de vantagens. Não precisa ser algo explícito; um simples flerte insistente que deixa a pessoa incomodada já pode ser enquadrado. A lei brasileira trata o ato como crime quando há intimidação, coerção ou quando a vítima sente-se humilhada.

Os casos mais comuns aparecem em locais de trabalho, escolas, transportes públicos e até nas redes sociais. O importante é reconhecer o sinal: se algo te deixa desconfortável, inseguro ou constrangido, pode ser assédio.

Como se proteger e denunciar

Primeiro, documente tudo. Anote datas, horários, o que foi dito ou feito, e, se houver, guarde mensagens, e‑mails ou prints. Esses registros são provas valiosas quando o caso chega à polícia ou ao RH da empresa.

Depois, procure apoio. Conversar com um colega de confiança, um amigo ou um familiar pode aliviar o peso emocional. Se precisar, procure ajuda psicológica; muitos serviços oferecem atendimento gratuito ou por planos de saúde.

Quando estiver pronto para denunciar, siga estas etapas:

  • Empresa ou instituição: leve seu relato ao setor de Recursos Humanos, à ouvidoria ou ao sindicato. A maioria tem protocolos de investigação.
  • Polícia: registre um boletim de ocorrência (B.O.) na delegacia mais próxima ou use a ferramenta online da Polícia Federal, se o caso envolver crimes mais graves.
  • Ministério Público: se a empresa não tomar providências, o MP pode abrir investigação.
  • Defensoria Pública: para quem não tem condições de pagar advogado, a defensoria oferece assistência jurídica gratuita.

Não se sinta obrigado a enfrentar o problema sozinho. A lei protege quem denuncia, e retaliação é crime. Se perceber que está sendo alvo de represálias, informe imediatamente ao órgão competente.

Além da denúncia formal, existem atitudes que reduzem o risco de novas situações:

  • Estabeleça limites claros e comunique-os de forma direta.
  • Evite ficar isolado em ambientes onde o agressor tem vantagem.
  • Utilize aplicativos de segurança que permitem enviar alertas de emergência para contatos de confiança.

Em resumo, reconhecer o assédio sexual, registrar evidências e buscar apoio são passos fundamentais. Não deixe que o medo impeça você de agir. A informação é a primeira defesa, e denunciar ajuda a tornar ambientes mais seguros para todos.

Professor da USP é Acusado de Assédio e Abuso por Ex-Alunos de Direito

Professor da USP é Acusado de Assédio e Abuso por Ex-Alunos de Direito

O professor de Direito da USP, Alysson Mascaro, enfrenta acusações de assédio e abuso sexual por parte de dez ex-alunos. As alegações, que vão desde comportamentos inadequados até estupro, indicam que Mascaro usou sua posição de poder para intimidar e explorar os alunos, prometendo apoio profissional em troca de favores sexuais. O caso trouxe à tona a necessidade de estruturas mais seguras e transparentes nas universidades.