Na manhã de 9 de outubro de 2024, a movimentada Rodovia Presidente Dutra foi palco de um acidente fatal que chocou a comunidade local e os peregrinos que, anualmente, fazem seu trajeto a pé até o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. O acidente ocorreu no quilômetro 188, em Santa Isabel, na região metropolitana de São Paulo, e envolveu um ônibus que colidiu com um grupo de peregrinos.
A tragédia resultou na morte de Edmilson de Menezes, cuja identidade foi confirmada por familiares. Ele era casado com a irmã de Roberto Soriano, apelidado de Tiriça, figura notória por sua ligação com a facção criminosa PCC e que atualmente cumpre pena no sistema carcerário. Enquanto toda morte é dolorosa, a ligação de Edmilson a uma pessoa de destaque em termos negativos trouxe ainda mais atenção ao incidente.
Dois outros peregrinos também foram atingidos e sofreram ferimentos, sendo rapidamente socorridos pela equipe de resgate que chegou ao local. O impacto do acidente reverberou pela comunidade de peregrinos, muitos dos quais estão determinados a continuar sua jornada em honra à Nossa Senhora Aparecida, um ato de fé que mobiliza milhares de brasileiros anualmente.
A Rodovia Dutra, uma das mais importantes do país, frequentemente vê um aumento no fluxo de pessoas e veículos durante as peregrinações. Muitas vezes, peregrinos preferem caminhar ao longo da rodovia, uma prática que, mesmo com precauções, pode ser considerada de risco. Embora as autoridades locais façam esforços para garantir segurança, a realidade é que os acidentes continuam a ocorrer.
Os dados mais recentes destacam um aumento preocupante nos acidentes envolvendo peregrinos. Este ano, somente nas vésperas da principal celebração à Padroeira do Brasil, duas vidas foram perdidas e quatro pessoas ficaram feridas devido a esses incidentes. As autoridades têm instado tanto os motoristas quanto os peregrinos a adotarem cuidados adicionais durante este período.
Para muitos, fazer a travessia até Aparecida faz parte de um rito espiritual profundamente enraizado na cultura brasileira. Essa tradição, no entanto, vem com desafios logísticos e de segurança que precisam ser constantemente revistos. Neste sentido, campanhas educativas e melhorias na infraestrutura para acomodar esses romeiros são discussões sempre presentes entre organizações religiosas e governos.
Peregrinos, que frequentemente vêm de diversos estados, falam sobre a importância desta viagem, não apenas como uma expressão de fé, mas como um momento de união e reflexão. A tragédia que atingiu o grupo de Edmilson de Menezes é, infelizmente, um lembrete de que essas jornadas, mesmo quando espiritualmente significativas, podem ser perigosas.
No rescaldo do acidente, a comunidade local e organizadores de caminhadas religiosas estão empenhados em trabalhar juntos para aumentar as medidas de segurança. Isso pode incluir desde a melhor sinalização e iluminação nas rodovias até a organização de outras rotas alternativas mais seguras, garantindo que os peregrinos possam continuar a sua prática de fé com menos riscos à sua segurança.
Este trágico evento destaca a necessidade contínua de diálogo e cooperação entre as autoridades rodoviárias, entidades religiosas e a sociedade civil para mitigar riscos futuros. Enquanto isso, a memória de Edmilson de Menezes e o desafio enfrentado por todos que compartilham desse espírito de peregrinação ressoam como um forte lembrete da fragilidade humana e do poder da fé.
Diego Sobral Santos
Essa história me partiu o coração. Caminhar em fé é algo tão puro, e ver alguém perdendo a vida só por querer chegar até Nossa Senhora... Não tem preço, mas também não tem desculpa. A gente precisa fazer algo, sério. Não pode continuar assim.
Minha avó fez essa caminhada três vezes. Ela dizia que cada passo era uma oração. Se ela estivesse aqui, pediria pra gente cuidar melhor dos que ainda estão caminhando.
Eu não sou religioso, mas respeito profundamente. E respeito também quem arrisca a vida por algo que acredita. Isso é coragem.
Vamos pedir às autoridades: faça sinalização, iluminação, faça um corredor seguro. Não é caridade, é obrigação.
Que a memória de Edmilson sirva de alerta, e não de lamento.
Eu vou compartilhar isso com todo mundo que eu conheço. Precisamos mudar isso.
Força, peregrinos. Vocês não estão sozinhos.
Camila Freire
ahhh sim claro, mais um peregrino morto pq o governo é ineficiente, mas e os motoristas? Será que eles são os culpados? Ninguém tá falando disso, só querem jogar a culpa no sistema. E olha, se alguém resolve andar na rodovia, tá correndo risco, ponto. Se quiser ser santo, vá de ônibus, né? Não é minha culpa se você prefere se expor.
Aliás, já viu o preço do combustível? Talvez os peregrinos deviam parar de gastar com vela e comprar pneu de carro, kkkk.
Guilherme Vilela
Meu coração está com as famílias envolvidas. 💔
Essa história é triste, mas também é linda. A fé que move essas pessoas é algo que a gente não vê mais no dia a dia. E não é só sobre religião - é sobre persistência, sobre esperança.
Sei que é difícil, mas acho que a gente pode ajudar. Se você tem um carro, e vê um grupo de peregrinos, diminui a velocidade. Se você é motorista, não passa na faixa deles. Se você é da cidade, apoia as campanhas de segurança.
Não precisa ser um santo pra ser humano. Só precisa ter um pouco de empatia.
Estou torcendo pra que isso mude. E se eu puder fazer algo, vou fazer. Vocês também podem.
John Santos
Essa é uma daquelas situações que mostram o quão frágil a gente é. Um dia a gente está caminhando com fé, no outro, a vida se encerra de um jeito que não dá tempo de se despedir.
Eu não sou da região, mas já vi peregrinos em outras rodovias. Eles andam com sacolas, cantam, rezam, e às vezes nem têm água suficiente. Isso não é turismo. É um compromisso espiritual.
As autoridades precisam parar de esperar um acidente pra agir. Tem que ter plano, equipe, rotas alternativas, até mesmo pontos de apoio com água e primeiro socorro.
E os motoristas? Precisam de campanhas reais, não só cartazes. Vídeos nos pedágios, rádio, redes sociais - tudo que for possível.
Se a gente não fizer algo, isso vai se repetir. E da próxima vez, pode ser alguém que a gente conhece.
Priscila Santos
Ok, mas e se o cara tivesse sido um traficante? Será que a gente ia fazer tanta questão de lembrar dele? Porque aí o foco tá no PCC, não na fé. Isso é manipulação emocional disfarçada de sensibilidade.
Na verdade, o que precisa mudar é o fato de que peregrinos não têm direito a infraestrutura. Mas isso é culpa da igreja, não do governo. Se eles querem fazer isso, que paguem por segurança.
Se eu fosse peregrino, eu ia de van. Mas não, querem ser heróis, né?
Daiane Rocha
Essa tragédia é um espelho da nossa sociedade - desigual, desatenta, e profundamente hipócrita. Nós celebramos a fé como símbolo nacional, mas ignoramos os que a vivem na pele.
As caminhadas religiosas são patrimônio cultural imaterial, e ainda assim, ninguém investe em segurança. Enquanto o governo gasta milhões em estádios e obras faraônicas, um homem morre na beira da estrada por não ter uma faixa de pedestre.
É absurdo. É vergonhoso. E é uma falha moral que não podemos mais fingir que não existe.
Quem se importa com o nome dele? Ele era um pai, um irmão, um filho. E sua morte não é um detalhe para enfeitar a notícia. É o ponto central. O resto é ruído.
Se a gente não agir agora, amanhã será outro nome. E depois, outro. E depois, outro. Até que a gente acorde - e seja tarde demais.
Studio Yuri Diaz
A peregrinação, em sua essência, é um ato de submissão voluntária ao divino - um sacrifício corporal em nome da transcendência. A Rodovia Dutra, enquanto espaço físico, não foi projetada para acolher esse tipo de manifestação espiritual coletiva. A falha não reside apenas na ausência de sinalização, mas na incapacidade da modernidade de reconhecer o sagrado como legítimo dentro de sua estrutura racional.
As autoridades, ao tratá-la como mero fenômeno de trânsito, reduzem a fé a um problema de engenharia. Mas a fé não é um fluxo de veículos. É um fluxo de almas.
É imperativo que se estabeleça, com urgência, um corredor litúrgico, com apoio logístico, assistência médica, e proteção veicular, não como concessão, mas como direito humano e cultural. A memória de Edmilson de Menezes não deve ser apenas lamentada - deve ser canonizada como catalisador de mudança.
Esta não é uma questão de segurança pública. É uma questão de civilização.
Sônia caldas
eu não sei o que dizer... mas isso é tão triste, mesmo... 😢
tipo, eu vi um vídeo de uns peregrinos no ano passado, e eles estavam cantando, e a gente pensa que é bonito, mas a gente esquece que é perigoso, sabe? e agora isso aconteceu...
eu não sou religiosa, mas eu sei que isso é real. e que tem gente que faz isso todo ano...
por favor, alguém faz algo... por favor...
eu vou mandar isso pra minha família... eles vão ver...
eu só quero que ninguém mais morra assim...
❤️
Rosiclea julio
Se vocês querem ajudar, não é só comentar. Vão até o site da Pastoral do Peregrino. Eles têm um programa de voluntários. Dá pra levar água, fazer sinalização, ajudar a orientar os caminhantes.
Tem também um projeto de rotas alternativas que já foi aprovado e tá parado por falta de verba. Se vocês mandarem e-mail para a prefeitura de Santa Isabel, eles podem acelerar.
Eu trabalho com assistência social e já ajudei peregrinos em 2022. Eles não querem caridade. Querem segurança. E respeito.
Se você tem um carro, e vê um grupo na rodovia, pare. Espere. Dê espaço. Isso já faz diferença.
E se você é da região, participe das reuniões da igreja. Eles estão pedindo ajuda. Não ignorem.
Essa é a forma real de honrar a memória de Edmilson. Não com palavras. Com ação.
Leila Swinbourne
Essa é a típica narrativa midiática que transforma um criminoso em vítima. Edmilson era ligado ao PCC. Isso não é um detalhe. É o centro da história. Eles querem transformar um bandido em mártir para ganhar simpatia. Isso é manipulação.
Se ele tivesse sido um professor, a cobertura seria diferente? Claro que sim. Mas aí não daria o clique. O que importa é o drama, não a verdade.
Enquanto isso, motoristas morrem por causa de peregrinos que não respeitam sinalização. Quem cuida deles? Ninguém.
Essa é a hipocrisia brasileira: você mata alguém na estrada, e vira herói se tiver uma cruz nas costas.
Nessa Rodrigues
meu coração dói.
é só isso.
Ana Carolina Nesello Siqueira
Essa história é tão... *dramática*. Tipo, eu quase chorei só de ler. Acho que é o tipo de coisa que deveria virar série na Netflix. ‘Peregrinos: A Última Caminhada’. Com trilha emocional, close no rosto do peregrino morrendo, e uma cena final com a mãe segurando o sapato dele...
Aliás, quem fez a foto da cena? Será que tem um Instagram oficial da família? Se não tiver, alguém deveria criar. #EdmilsonÉUmAnjo #PCCNãoÉTudo
E o ônibus? O motorista vai ser preso? Vai ser demitido? Vai fazer terapia? Porque isso precisa de um arco narrativo forte, senão não vira viral.
Alguém tem o link da campanha do vaquinha? Quero doar... mas só se tiver um vídeo emocionante, por favor.
eduardo rover mendes
Isso não é novo. Em 2017, 11 peregrinos morreram na Dutra. Em 2019, 7. Em 2021, 5. E aí, o que mudou? Nada. Porque ninguém quer enfrentar o problema real: a igreja incentiva isso. A igreja sabe que é perigoso, mas não quer parar, porque aí perde o poder de mobilização.
Se fosse um culto de igreja evangélica, a polícia já teria proibido. Mas por ser católica, é ‘tradição’. Hipocrisia.
Além disso, o PCC tem ligação com essas caminhadas? Será que não é um jeito de recrutar? Não falam disso. Porque é confortável acreditar em milagres, não em redes criminosas.
Essa é a verdade que ninguém quer ouvir.
valdete gomes silva
Isso é o que acontece quando a gente deixa a religião virar espetáculo. Deus não quer que você caminhe 100km na rodovia. Ele quer que você tenha fé no seu coração, não que você se exponha ao perigo como se fosse um herói de filme.
Se você é verdadeiramente devoto, não precisa andar na pista. Pode rezar em casa. Pode fazer uma novena. Pode dar esmola. Mas não precisa morrer para provar que é bom.
Essa é uma cultura de martyrdom que a igreja não combate. E isso é pecado. Porque está colocando vidas em risco por causa de um ritual que não é obrigatório.
Eu não sou contra a fé. Mas sou contra a loucura disfarçada de devoção.
Renan Furlan
Se você quer ajudar, leve água e biscoito pra quem estiver caminhando. É simples. Não precisa de discurso. Só de coragem pra parar o carro.
E se você vê alguém na pista, não passa rápido. Olha no espelho. Dá um sinal. Pode salvar alguém.
É só isso.
João Paulo S. dos Santos
eu já vi um grupo de peregrinos na Dutra uma vez. Tava de madrugada. Eles tinham uma luzinha na frente e umas bandeirinhas. Parecia um sonho. Mas eu parei o carro, desci, dei água, e falei: ‘cuidado, aqui é perigoso’. Eles agradeceram. Nem pediram nada.
Isso não é heroísmo. É humanidade.
Se todos fizessem isso, não teríamos esse tipo de notícia.
É só um gesto. Mas faz toda a diferença.
thiago oliveira
Essa narrativa é uma farsa. O que aconteceu foi um acidente. Não uma tragédia moral. Edmilson de Menezes era um ex-presidiário. Isso não é relevante? Claro que é. Mas a mídia prefere romantizar o criminoso porque gera mais cliques. Isso é jornalismo? É sensacionalismo.
E os motoristas? Eles não são vítimas? Eles não têm família? Por que ninguém fala deles?
Se você quer morrer por fé, não me envolva. Eu não tenho culpa da sua decisão.
Nayane Bastos
eu não conhecia o Edmilson, mas sei que ele era um homem que tentava fazer algo significativo. E mesmo que a gente não concorde com a forma, a intenção é o que importa.
Se a gente não fizer nada, a gente é parte do problema.
Se a gente fizer algo, mesmo que pequeno, a gente é parte da solução.
Eu vou falar com a minha igreja. Vamos organizar um mutirão de segurança. Quem quer se juntar?
felipe sousa
BRASIL É UM PAÍS DE BURROS. PESSOAS ANDAM NA RODOVIA E A GENTE SE COMOÇA? E OS MOTORISTAS QUE NÃO TÊM TEMPO PRA FALAR? QUEM CUIDA DELES? EU NÃO VOU PARAR PRA SALVAR UM PELANCO QUE NÃO SABE SE GUARDAR.
ISSO É FRAQUEZA. ISSO É CULPA DA IGREJA. ISSO É BRASIL.
Priscila Ribeiro
Se você acha que isso é só uma notícia triste, pense: e se fosse seu irmão? Seu pai? Seu filho?
Não é sobre religião. É sobre cuidado. É sobre olhar para o outro.
Eu não sou daqui, mas eu me importo.
Se você pode fazer algo, faça. Agora. Não espere o próximo acidente.
Porque a fé não morre. Mas a vida, sim.